quarta-feira, 28 de novembro de 2012

recursos minerais no brasil

"Minerar, sim, pois os bens minerais são essenciais à qualidade de vida almejada pela humanidade e à sua própria sobrevivência: mas fazê-lo com permanente atenção e todo o cuidado no que respeita ao meio ambiente." 
O Brasil é um país privilegiado em recursos minerais. Alguns são abundantes (minério de ferro, manganês, bauxita, cassiterita); outros são mais escassos (cobre, prata, urânio, chumbo).
No conjunto, dispõe de uma grande variedade e quantidade de minerais, mas o aproveitamento desses recursos é prejudicado pela falta de conhecimento das nossas reservas e de capital para a sua exploração. A falta de capital tem levado à participação cada vez maior de grupos estrangeiros. Nenhum tipo de exploração pode ser feito sem a aprovação do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Minerais metálicos São recursos naturais não renováveis, isto é, que não podem ser repostos pela natureza. Os princiFontea: IBGE. Anilaria estatístico do Brasil 1399 e Brasil em números 1999. pais minerais metálicos encontrados no Brasil são o minério de ferro, a bauxita, o manganês, a cassiterita, o ouro, o nióbio, a prata e o cobre. Esse tipo de mineral está associado às estruturas geológicas antigas ou escudos cristalinos. O Brasil possui 36% de sua superfície constituída por escudos cristalinos, no entanto os minerais metálicos estão presentes somente em cerca de 4% desses terrenos que se formaram na Era Proterozóica e onde predominam rochas metamórfícas.

Minério de ferro 

Está entre os cinco principais itens exportados pelo Brasil. E o mineral mais explorado. O minério de ferro bruto (hematita, itabirita, magnetita, pirita) possui grande importância econômica mundial porque é a matéria-prima básica do aço (liga) utilizado nas estruturas de indústrias, edifícios, hotéis, estádios, aeroportos, pontes e shoppings, etc,, além de inúmeros outros usos.
Os estados de Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero) e Pará (serra dos Carajás) possuem as maiores e principais reservas. A maior parte da produção é exportada para os Estados Unidos, Japão e União Européia.

Principais áreas produtoras Quadrilátero Ferrífero

Central (MG). Localizado entre os municípios de Belo Horizonte, Mariana, Santa Bárbara e Congonhas do Campo, o Quadrilátero Ferrífero é responsável por aproximadamente 80% da produção nacional; 60 a 70% do minério de ferro produzido nessa área é destinado à exportação, A Companhia Vale do Rio Doce, privatizada em 1997, é o maior explorador de minério de ferro no Brasil e está entre os maiores exportadores do mundo. E proprietária de jazidas de ferro e outros minerais do Quadrilátero Ferrífero e da serra dos Carajás.
A parte que não é exportada é utilizada nos complexos siderúrgicos da região Sudeste (Companhia Siderúrgica Nacional - CSN, em Volta Redonda, RJ;
Companhia Siderúrgica Paulista - Cosipa, em Cubatào, SP; e na Usiminas, em MG).
O minério de ferro exportado é transportado pela Estrada de Ferro Vitória-Minas, que liga o Quadrilátero ao porto de Tubarão, em Vitória, Espírito Santo, e pela Estrada de Ferro Central do Brasil, que liga o Quadrilátero ao porto de Sepetiba, no Rio de Janeiro, Serra aos Carajás (PA). Localizada no Sudeste do Pará. Possui a maior reserva mundial de minério de ferro do mundo e é a segunda principal área produtora do país.
A exploração desse e de outros minérios faz parte das estratégias do Projeto Grande Carajás. A produção dessa área está voltada para o consumo externo (Japão) e é transportada pela Estrada de Ferro Carajás. Inaugurada em 1985, essa ferrovia, que tem 890 km de extensão, liga a serra dos Carajás ao porto de Itaqui, na Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão. A Companhia Vale do Rio Doce é a principal empresa mineradora que explora esse local, entre outras transnacionais.
O Brasil é o segundo maior produtor de minério de ferro. 
O Brasil encontra-se entre os maiores produtores e as maiores reservas mundiais de bauxita. 

Minério de manganês

Assim como o minério de ferro, o manganês é o elemento básico para a produção do aço. E de fundamental importância para a indústria siderúrgica porque age como desoxidante e dessulfurante.
A região Norte concentra mais da metade da produção nacional de manganês e exporta a maior parte. As maiores reservas estão na serra dos Carajás (PA), no Quadrilátero Ferrífero (MG) e no maciço do Urucum (MS). A maior produção ocorre no Amapá (cerca de 60% do total produzido no país), mas as reservas localizadas na serra do Navio, nesse estado, estão praticamente esgotadas.
Mais uma vez o Brasil está entre as maiores produções mundiais. 
Da bauxita é extraído o alumínio, metal muito importante por ser utilizado na fabricação de carros, aviões, portas, janelas, panelas, etc. E um grande condutor de eletricidade e anticorrosivo.
A principal e maior jazida nacional encontra-se no vale do rio Trombetas, afluente do rio Amazonas, em Oriximiná, no Pará. A maior parte da bauxita extraída no país é exportada para o Canadá e a menor parcela é destinada ao mercado interno. A Companhia de Mineração Rio do Norte (CMRN) é a maior empresa mineral exploradora da bauxita (explora mais de 70% do total) e é a maior produtora mundial particular de bauxita. A maior acionista da CMRN é a Companhia Vale do Rio Doce. Além dela, vários grupos estrangeiros também têm participação: Alcoa (EUA) e Sheiï (Holanda e Inglaterra).
A usina hidrelétrica de Tucuruí, no rio Tocantins (Pará), fornece energia elétrica para a transformação do minério da bawdta em alumínio. A grande quantidade de bauxita, aliada ao fornecimento de energia elétrica por Tucuruí, gerou o Projeto AibrasAlunorte. Controlado por grupos privados nacionais e internacionais, esse projeto de produção do alumínio, desenvolvido em Bacarena (Pará), visa abastecer o mercado externo.
O grupo norte-americano Alcoa é majoritário na composição acionária do Projeto Alumar (no Maranhão), que apresenta características semelhantes ao Projeto Aibras.

Cassiteríta

Do minério da cassiterita é extraído o estanho.
Mais uma vez o Brasil está entre os principais produtores mundiais. 

Ouro
O Brasil está entre os principais produtores mundiais (África do Sul, Estados Unidos, Austrália, Canadá, China, Rússia, Usbesquistão e Brasil, respectivamente) e entre os que têm as maiores reservas mundiais (África do Sul, Estados Unidos, Austrália, Canadá, China, Rússia, Usbesquistão e Brasil, respectivamente). Minas Gerais é o maior produtor nacional. Em segundo lugar, vem o estado do Pará.
Em 1996, foi anunciada a descoberta de uma das maiores jazidas de ouro do mundo. Está em Serra Leste, ao lado de Serra Pelada, no Pará. Será explorada pela Companhia Vale do Rio Doce.
O ouro é utilizado em jóias, tratamento dentário, em muitos setores industriais. A busca desse recurso mineral foi um dos fundamentos da economia mercantilista colonial brasileira (séculos XVII e XVIII).

Nióbio

É um metal utilizado na composição de ligas metálicas empregadas na fabricação de fios supercondutores, turbinas de aviões, entre outros usos.
O Brasil é responsável por mais de 90% da produção mundial desse mineral. Amaior reserva está em Minas Gerais, próximo à cidade de Araxá. Aparte que não é utilizada internamente é exportada para o Japão, para a América do Norte e para a União Européia. O Brasil fornece o principal produto industrializado ligado a esse mineral: o ferro-nióbio.

Outros minerais

O Brasil ainda produz chumbo (extraído da galena, em Minas Gerais e Tocantins), cobre (condutor elétrico explorado na Bahia e no Rio Grande do Sul), níquel (extraído da guamierita em Goiás) e tungsténio (extraído daxilita no Rio Grande do Norte).
O estanho é muito utilizado em liga com chumbo para realizar a solda usada na eletrônica, em objetos de decoração e é muito resistente à oxidação. O estado do Amazonas é o principal produtor nacional, seguido dos estados do Amazonas e do Pará. O estado de São Paulo é o maior consumidor interno; a Argentina e os Estados Unidos são nossos maiores importadores.

Minerais não metálicos

Assim são chamados os minerais cujo principal componente não é um metal. Têm usos diversos, como material de construção (calcário), na indústria química (potássio) e na alimentação (sal de cozinha e água). Não são matéria-prima para as indústrias siderúrgicas.
Nossos principais recursos minerais não metálicos são: sal de cozinha, calcário e alguns minerais radioativos. O Brasil ocupa o nono lugar entre os maiores produtores mundiais de sal de cozinha. 
Os estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Rio de Janeiro são, respectivamente, os maiores produtores nacionais de sal. O porto de Areia Branca, no Rio Grande do Norte, é o principal terminal exportador de sal do Brasil.

Calcário

E uma rocha sedimentar constituída principalmente de carbonato de cálcio. E usado na fabricação de cimento, cal, vidro e também como mármore (processo de metamorfísmo). O Brasil possui calcário em abundância. Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia (bacia do rio São Francisco) são seus maiores produtores.

Minerais radioativos

O Brasil explora, entre outros, urânio e tório, dois minerais radioativos usados na produção de energia nuclear. O urânio, hoje escasso, é encontrado em Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero e Poços de Caldas) e no Ceará. Recentemente, foi localizada no Pará uma grande reserva de urânio, na região da cidade de Santarém. Calcula-se que seja a maior do mundo. O tório (Importante combustível de reatores nucleares), também escasso, é encontrado principalmente no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.

FOTOS:
texto retirado do blog: o espaço brasileiro

LINHA DO TEMPO



Fonte: http://www.energianobrasil.com.br/2011/08/dez-razoes-para-apostar-na-hidreletricidade/

A seguir uma breve linha do tempo com base na história da Hidreletricidade no Brasil:

1881: Foi instalado o primeiro sistema de iluminação pública do país.
1883: Inicia o funcionamento da primeira usina hidrelétrica do país, em Diamantina/MG.
1889: Foi criada a light, primeira grande companhia a explorar energia elétrica no Brasil.
Século XX: Em meados desse século, foi construida a primeira usina hidrelétrica no Nordeste.
1945: Aconteceu a primeira intervenção direta do governo (Era Vargas) na construção de uma usina hidrelétrica (criação da Companhia Nacional Hidrelétrica do São Francisco-Chesf). Logo após, foram criadas outras usinas como a de Paulo Afonso e Sobradinho, na Bahia.
1950: Construção da hidrelétrica de Furnas.
1960: Surgiu a Companhia Energética de São Paulo S.A (Cesp)
1962: Foi a vez de ser criada a empresa estatal Eletrobrás, responsável pelo Plano Geral de Eletrificação.
1970: Nessa década, foi construída, pelos governos do Brasil e do Paraguai, a Usina de Itaipu, que consistiu em estratégia política, mais do que em uma necessidade energética.
1990: Privatização da maioria das empresas enérgicas do Brasil, sob a fiscalização da Aneel.
2001: Crise de Fornecimento energético. Esse fato poderá acontecer novamente, se não houver um estabelecimento de um plano de desenvolvimento no setor que priorize a criação de usinas, a construção de redes de transmissão, entre outras medidas.


Fonte:  Livro - GEOGRAFIA ~ Sociedade e Cotidiano 2. (Dadá Martins, Francisco Bigotto, Márcio Vitiello
)

HIDROELETRECIDADE NO BRASIL


As matrizes renováveis de energia têm uma série de vantagens: a disponibilidade de recursos, a facilidade de aproveitamento e o fato de que continuam disponíveis na natureza com o passar do tempo. De todas as fontes deste tipo, a hidrelétrica representa uma parcela significativa da produção mundial, que representa cerca de 16% de toda a eletricidade gerada no planeta.
No Brasil, além de ser um fator histórico de desenvolvimento da economia, a energia hidrelétrica desempenha papel importante na integração e no desenvolvimento de regiões distantes dos grandes centros urbanos e industriais.


O potencial técnico de aproveitamento da energia hidráulica do Brasil está entre os cinco maiores do mundo; o País tem 12% da água doce superficial do planeta e condições adequadas para exploração. O potencial hidrelétrico é estimado em cerca de 260 GW, dos quais 40,5% estão localizados na Bacia Hidrográfica do Amazonas – para efeito de comparação, a Bacia do Paraná responde por 23%, a do Tocantins, por 10,6% e a do São Francisco, por 10%. Contudo, apenas 63% do potencial foi inventariado. A Região Norte, em especial, tem um grande potencial ainda por explorar.
Algumas das usinas em processo de licitação ou de obras na Amazônia vão participar da lista das dez maiores do Brasil: Belo Monte (que terá potência instalada de 11.233 megawatts), São Luiz do Tapajós (8.381 MW), Jirau (3.750 MW) e Santo Antônio (3.150MW). Entre as maiores em funcionamento estão Itaipu (14 mil MW, ou 16,4% da energia consumida em todo o Brasil), Tucuruí (8.730 MW), Ilha Solteira (3.444 MW), Xingó (3.162 MW) e Paulo Afonso IV (2.462 MW).
As novas usinas da região Norte apresentam um desafio logístico: a transmissão para os grandes centros, que ficam distantes milhares de quilômetros. Este problema vai ser solucionado pelo Sistema Integrado Nacional (SIN), uma rede composta por linhas de transmissão e usinas que operam de forma integrada e que abrange a maior parte do território do País.
Composto pelas empresas de exploração de energia das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte, o SIN garante a exploração racional de 96,6% de toda a energia produzida no País. 

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FONTES DE ENERGIA

NÃO RENOVAVEIS:

Carvão


O carvão é uma rocha orgânica com propriedades combustíveis, constituída maioritariamente por carbono. A exploração de jazidas de carvão é feita em mais de 50 países, o que demonstra a sua abundância. Esta situação contribui, em grande parte, para que este combustível seja também o mais barato.

Inicialmente, o carvão era utilizado em todos os processos industriais e, ao nível doméstico, em fornos, fogões, etc. Foi, inclusive o primeiro combustível fóssil a ser utilizado para a produção de energia eléctrica nas centrais térmicas. Refira-se que, em 1950, o carvão cobria 60% das necessidades energéticas mundiais, mas actualmente esta percentagem sofreu uma redução significativa. Nos dias de hoje, devido ao petróleo e seus derivados, deixou de ser utilizado na indústria, com excepção da metalúrgica, e do sector doméstico. Estima-se que, com o actual ritmo de consumo, as reservas disponíveis durem para os próximos 120 anos.
O principal problema da utilização do carvão prende-se com os poluentes resultantes da sua combustão. De facto, a sua queima, conduz à formação de cinzas, dióxido de carbono, dióxidos de enxofre e óxidos de azoto, em maiores quantidades do que os produzidos na combustão dos restantes combustíveis fósseis.

Petróleo


O petróleo é um óleo mineral, de cor escura e cheiro forte, constituído basicamente por hidrocarbonetos. A refinação do petróleo bruto (ou crude) consiste na sua separação em diversos componentes e permite obter os mais variados combustíveis e matérias-primas.
As primeiras fracções da refinação (isto é, os primeiros produtos obtidos) são os gases butano e o propano, que são separados e comercializados individualmente. No entanto, podem também ser misturados com o etano constituindo, assim, os gases de petróleo liquefeitos (GPL).
Um dos principais objectivos das refinarias é obter a maior quantidade possível de gasolina. Esta é a fracção mais utilizada do petróleo e, também, a mais rentável, tanto para a indústria de refinação como para o Estado. Saliente-se que, todos os transportes, a nível mundial, dependem da gasolina, do jet fuel (usado pelos aviões) e do gasóleo. Por esta razão, as refinarias têm vindo a desenvolver, cada vez mais, os processos de transformação das fracções mais pesadas do petróleo bruto em gasolina e gasóleo.
Estima-se que, com o actual ritmo de consumo, as reservas planetárias de petróleo se esgotem nos próximos 30 ou 40 anos.

Trata-se de um combustível muito nocivo para o ambiente em todas as fases do consumo:

  • durante a extracção, devido à possibilidade de derrame no local da prospecção;
  • durante o transporte, o perigo advém da falta de fiabilidade dos meios envolvidos, bem como, da utilização de infra-estruturas obsoletas;
  • na refinação, o perigo de contaminação através dos resíduos das refinarias é uma realidade e
  • no momento da combustão, devido à emissão para a atmosfera de gases com efeito de estufa.

Gás Natural


O gás natural é um combustível fóssil com origem muito semelhante à do petróleo bruto, ou seja, formou-se durante milhões de anos a partir dos sedimentos de animais e plantas. Tal como o petróleo, encontra-se em jazidas subterrâneas, de onde é extraído. A principal diferença prende-se com a possibilidade de ser usado tal como é extraído na origem, sem necessidade de refinação.
Actualmente, Portugal recebe o gás natural proveniente da Argélia através de gasoduto. Junto às zonas de consumo, urbano e/ou industrial, o gás natural passa dos gasodutos para as redes de distribuição, que são instaladas, regra geral, por baixo dos passeios ou das bermas das estradas, e através das quais chega a casa dos consumidores.
Constituído por pequenas moléculas apenas com carbono e hidrogénio, o gás natural apresenta uma combustão mais limpa do que qualquer outro derivado do petróleo. Acresce também, que no que respeita à emissão de gases com efeito de estufa (dióxido de carbono, dióxido de enxofre e óxidos de azoto), a combustão do gás natural apenas origina dióxido de carbono e uma quantidade de óxidos de azoto muito inferior à que resulta da combustão da gasolina ou do fuelóleo.

Energia Nuclear


A energia nuclear é produzida através das reacções de fissão ou fusão dos átomos, durante as quais são libertadas grandes quantidades de energia que podem ser utilizadas para produzir energia eléctrica. A fissão nuclear utiliza o urânio, um mineral presente na Terra em quantidades finitas, como combustível e consiste na partição de um núcleo pesado em dois núcleos de massa aproximadamente igual.

Ainda que a quantidade de energia produzida através da fissão nuclear seja significativa, este processo apresenta problemas de difícil resolução:
  • perigo de explosão nuclear e de fugas radioactivas;
  • produção de resíduos radioactivos;
  • contaminação radioactiva e
  • poluição térmica.
Em alternativa, a energia nuclear pode também ser produzida através do processo de fusão nuclear, que consiste na união de dois núcleos leves para formar outro mais pesado e com menor conteúdo energético, através do qual se libertam também grandes quantidades de energia. Este processo envolve átomos leves, como os de deutério, tritio ou hidrogénio, que são substâncias muito abundantes na natureza.
De referir, que o impacto ambiental resultante do processo de fusão é muito menor, quando comparado com o da energia nuclear produzida por fissão. Actualmente, esta fonte de energia encontra-se ainda numa fase experimental, já que a tecnologia ainda não conseguiu criar reactores de fusão devido às altas temperaturas necessárias para levar a cabo o processo.
Enquanto não se conseguir encontrar uma forma segura de utilizar a energia nuclear e de proceder ao tratamento eficiente e durável dos resíduos resultantes desta actividade, esta continuará a ser encarada como um rico desaconselhável. Em Portugal, não existem centrais nucleares. No entanto, consumimos electricidade que provém delas. Ainda que as nossas centrais tenham capacidade para produzir energia eléctrica suficiente para suprir as necessidades actuais, a realidade é que, em alguns momentos ocorrem picos de consumo e é preciso importar energia. A Espanha é a nossa fornecedora de energia eléctrica nessas alturas. Como este país utiliza a energia nuclear, é fácil constatar como esta entra em Portugal.
RENOVAVEIS
A energia renovável é a energia que vem de recursos naturais como solventochuvamarés e energia geotérmica, que são recursos renováveis (naturalmente reabastecidos). Em 2008, cerca de 19% do consumo mundial de energia veio de fontes renováveis, com 13% provenientes da tradicional biomassa, que é usada principalmente para aquecimento, e 3,2% a partir da hidroeletricidade.[1] Novas energias renováveis (pequenas hidrelétricas, biomassa, eólica, solar, geotérmica e biocombustíveis) representaram outros 2,7% e este percentual está crescendo muito rapidamente.[1] A percentagem das energias renováveis na geração de eletricidade é de cerca de 18%, com 15% da eletricidade global vindo de hidrelétricas e 3% de novas energias renováveis.[1][2]
A energia do Sol é convertida de várias formas para formatos conhecidos, como a biomassa (fotossíntese), a energia hidráulica (evaporação), a eólica (ventos) e a fotovoltaica, que contêm imensa quantidade de energia, e que são capazes de se regenerar por meios naturais.
A geração de energia eólica está crescendo à taxa de 30% ao ano, com uma capacidade instalada a nível mundial de 157,9 milmegawatts (MW) em 2009,[3][4] e é amplamente utilizada na Europa, Ásia e nos Estados Unidos.[5] No final de 2009, as instalaçõesfotovoltaicas (PV) em todo o globo ultrapassaram 21.000 MW[6][7][8] e centrais fotovoltaicas são populares na Alemanha e na Espanha.[9]Centrais de energia térmica solar operam nos Estados Unidos e Espanha, sendo a maior destas a usina de energia solar do Deserto de Mojave, com capacidade de 354 MW.[10]
A maior instalação de energia geotérmica do mundo é The Geysers, na Califórnia, com uma capacidade nominal de 750 MW. O Brasil tem um dos maiores programas de energia renovável no mundo, envolvendo a produção de álcool combustível a partir da cana de açúcar, e atualmente o etanol representa 18% dos combustíveis automotivos do país.[11] O etanol combustível também é amplamente disponível nos Estados Unidos.
EXEMPLOS:





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Transporte é o movimento de pessoas e mercadorias entre localidades. O campo de transporte apresenta diversos aspectos: eles podem ser divididos eminfraestruturaveículos e operações comerciais. Infraestrutura inclui a rede de transporte rodoviária, férrea, aérea, fluvial, tubular, etc. que é usada, assim como os terminais como: aeroportos, estações de comboio, portos, terminais de autocarro. Os veículos, como automóveis, bicicletas, autocarros, comboios e aviões, geralmente trafegam na rede. Operações estão relacionadas com a maneira como os veículos operam na rede e o conjunto de procedimentos especificados para o propósito desejado, incluindo o ambiente legal (leis, códigos, regulamentos, etc.). Políticas, como por exemplo financiar o sistema, podem ser consideradas parte das operações.
De maneira ampla, o projeto da rede viária é do domínio da engenharia civil e planejamento urbano; o projeto de veículos, da engenharia mecânica e de sectores especializados como engenharia naútica, e engenharia aerospacial; e as operações são geralmente especializadas, as vezes pertencendo a engenharia de sistemas.

História

Bullock team hauling wool in Australia
Os primeiros meios de transporte humanos foram a caminhada e a natação. A domesticação dos animais introduziu uma nova forma de colocar o peso dos transportes sobre criaturas mais fortes, permitindo que cargas mais pesadas fossem transportadas, com uma maior velocidade e duração das jornadas. Invenções como a roda e o trenó ajudaram a tornar mais eficiente o transporte por animais através da introdução de veículos. Também o transporte aquático, incluindo embarcações a remo e a vela, remonta a épocas primitivas, e foi a única forma eficiente de transporte de grandes quantidades ou em grandes distâncias até a Revolução Industrial.
As primeiras formas de transporte rodoviário foram cavalos, bois ou mesmo seres humanos transportando mercadorias em estradas de terra, muitas vezes seguindo trilhas de caça. Estradas pavimentadas foram construídas por muitas civilizações antigas, incluindo a Mesopotâmia e a Civilização do Vale do Indo. Os impérios persa e romano construíram ruas calçadas para permitir que seus exércitos viajassem mais rapidamente. Uma camada inferior de brita garantia que as estradas se mantivessem secas. O califado medieval construiu mais tarde estradas de tarmac. As primeiras embarcações eram canoas feitas a partir de troncos de árvores escavados. O transporte aquático primitivo era realizado por embarcações que usavam o remo ou o vento para propulsão, ou ainda uma combinação de ambos. A importância da água levou a maioria das cidades se destacavam pelocomércio a se desenvolverem próximo a rios ou no mar, muitas vezes na intersecção de dois corpos de água. Até a Revolução Industrial, o transporte permaneceu lento e caro, e a produção e o consumo mantinham-se o mais próximo quanto fosse possível.
Santos Dumont e o primeiro avião, em 1906.
A Revolução Industrial, no século XIX, trouxe um grande número de invenções que modificaram radicalmente o transporte. Com o telégrafo, a comunicação se tornou instantânea e independente do transporte. A invenção da máquina a vapor, seguida de perto por sua aplicação no transporte ferroviário, tornou o transporte terrestre independente da força humana ou da tração animal. Velocidade e capacidade cresceram rapidamente, permitindo a especialização, e a produção passou a poder ser realizada independente da localização dos recursos naturais. No século XIX também ocorreu o desenvolvimento do barco a vapor, que acelerou o transporte global.
Com o desenvolvimento do motor a combustão e do automóvel na virada do século XIX, o transporte rodoviário tornou-se mais viável, o que permitiu a introdução do transporte mecânico particular. As primeiras rodovias foram construídas no século XIX com macadame. Posteriormente, tarmac econcreto tornaram-se o material predominante na pavimentação. Em 1906, o brasileiro Alberto Santos Dumont exibiu o primeiro avião, e após aPrimeira Guerra Mundial, este se tornaria uma forma mais rápida de transportar pessoas e mercadorias por longas distâncias.[1]
Após a Segunda Guerra Mundial, o automóvel e o avião ganharam mais participação no transporte, limitando o transporte ferroviário e hidroviário ao transporte de carga e de curta distância para passageiros.[2] O transporte espacial foi iniciado na década de 1950, com rápido crescimento até os anos 1970, quando o interesse diminuiu. Na década de 1950, a introdução dos contêineres trouxe enormes ganhos de eficiência ao transporte de mercadorias, permitindo a globalização.[3] As viagens aéreas internacionais tornaram-se muito mais acessíveis nos anos 1960, com a comercialização do motor a jato. Junto com o desenvolvimento dos automóveis e das auto-estradas, isto causou um declínio nos transportes ferroviários e hidroviários. Após a introdução do Shinkansen em 1964, trens de alta velocidade na Ásia e Europa começaram a tomar passageiros de rotas de longa distância das companhias aéreas.[2]